Para a médica Larissa Cassiano, casos de uso diário da peça sem indicação médica não são comuns. Ela afirma que nunca soube de algo do tipo. Além de ser um material caro, Cassiano explica que o uso de calcinhas de fibras sintéticas e de material plástico reduz a troca de oxigênio da região íntima.
“A região íntima é uma área naturalmente cheia de dobras que naturalmente já tem um atrito, suor, e pouca ventilação. O risco de infeção e assaduras é muito grande”, alerta a ginecologista.
Até mesmo pessoas que possuem algum problema de saúde não utilizam a peça por muito tempo. Cassiano ressalta que pessoas que têm incontinência urinária utilizam peças do tipo com material absorvente apenas num período de transição do tratamento, e não diariamente.
“Para a incontinência, a calcinha descartável não é a única opção. Além dessa peça, nós temos a fralda, muito utilizada por idosos acamados. A calcinha não é nenhuma exigência”, explica.